O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, minimizou o tom dos discursos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na abertura do ano legislativo, na segunda-feira (5).
Em seu discurso, Lira cobrou “respeito” do governo Lula e disse que a desoneração da folha de pagamento e outras “conquistas” do Congresso Nacional não podem ser alteradas. Da sua parte, Pacheco disse que a prioridade é discutir fim da reeleição e limites ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, Costa prefere focar nas áreas onde há sinergia entre o Congresso Nacional e o governo federal. “Vocês perceberam que há uma sinergia, uma coincidência, entre as prioridades elencadas pelos presidentes das Casas com o governo”, disse Costa, conforme citado pela agência Estadão Conteúdo.
Ele citou as falas dos presidentes das Casas sobre a regulamentação da agenda fiscal e ações de atividade econômica. “Não achei preocupante. Ele fala em nome do parlamento e é importante que o parlamento se manifeste”, disse, sobre o discurso do presidente da Câmara.
“Tem uma concordância entre a fala dele e o nosso entendimento quando ele diz que errará quem apostar no confronto do Legislativo com Executivo. Então isso para mim é uma sinalização extremamente positiva de quem quer o diálogo”, continuou.
Costa acrescentou que qualquer tensão na relação entre o governo e o Legislativo será solucionada através do diálogo.