Representantes de países africanos buscam soluções para a crise política em Níger
Uma delegação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) viajará a Niamey, capital do Níger, nesta quarta-feira (2), para conduzir negociações de paz após a recente rebelião militar nesta nação africana, informa a Telesur. Sob a liderança do ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar, a delegação inclui a presença do sultão de Sokoto, Muhammadu Saadu Abubakar, um influente líder religioso da Nigéria.
A decisão de enviar a delegação foi tomada após a realização da Cúpula Extraordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, em Abuja, capital da Nigéria, para discutir a situação política no Níger. Na sequência do golpe de Estado, o general Abdourahmane Tchiani manteve o presidente Mohamed Bazoum sob prisão desde a semana passada e convocou os membros das Forças Armadas e da Guarda Nacional para se juntarem à insurreição.
Em resposta a essa crise, a CEDEAO impôs sanções, incluindo o fechamento das fronteiras aéreas e terrestres entre o Níger e os países da União Econômica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), bem como a proibição de sobrevoo do espaço aéreo para aeronaves que tenham origem ou destino ao Níger. Além disso, o órgão concedeu um prazo de sete dias para que os militares restabeleçam o mandato do presidente Mohamed Bazoum e alertou para a possível utilização da força caso não ocorra a restauração do poder legítimo.
Diante das declarações da CEDEAO, os governos de Burkina Faso e Mali se manifestaram, considerando que qualquer intervenção no Níger será encarada como uma declaração de guerra.
Essa missão de negociação representa um esforço crucial para encontrar soluções diplomáticas e restaurar a estabilidade política na região, buscando evitar maiores conflitos e promover a paz no Níger.
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