Eficácia do horário de verão dependerá de um conjunto de ações coordenadas para mitigar os impactos da crise hídrica sobre o sistema elétrico nacional
Após ser extinto em 2019 durante o governo Bolsonaro (PL), o horário de verão volta a ser cogitado como uma medida para enfrentar a atual crise energética no Brasil. Com a seca afetando os reservatórios e pressionando o setor elétrico, integrantes do governo do presidente Lula (PT) estão considerando o retorno do horário de verão como uma “boa alternativa” para poupar energia.
Especialistas disseram ao Metrópoles acreditar que a volta do horário de verão pode auxiliar na economia de energia, mas alertam que essa não é uma solução definitiva para a crise. Marcus Nakagawa, da ESPM, enfatiza que o horário de verão é uma medida paliativa diante das mudanças climáticas que tornam as secas cada vez mais frequentes.
Diogo Lisbona, da Fundação Getulio Vargas (FGV), também avalia que o impacto do horário de verão, caso retomado, será limitado e não trará alívio imediato nas contas de energia. Ele lembra que a atual bandeira tarifária vermelha continuará a pesar no bolso dos consumidores devido às condições adversas de geração de energia.
O horário de verão, portanto, surge como uma medida emergencial em meio a um cenário desafiador, mas sua eficácia dependerá de um conjunto de ações coordenadas para mitigar os impactos da crise hídrica sobre o sistema elétrico nacional.
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