Levantamento feito pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria indica que cobertura vacinal está bem abaixo da meta de 95%
Considerada uma doença grave, a meningite tem altas taxas de letalidade. Além do óbito, os pacientes podem sofrer sequelas importantes, como perda auditiva, de visão, da fala, motora e até ficar em estado vegetativo. Apesar de ser a forma mais eficaz de evitar a infecção, a cobertura vacinal no estado do Rio está longe da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, de 95%.
Há várias vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI-MS), contra diversos tipos de meningites. Todas gratuitas. As três principais delas são:
• Meningocócica C: pode ser administrada em crianças de 3 meses até os 4 anos de idade;
• Pneumocócica 10: pode ser administrada em crianças de 2 meses a 4 anos;
• Pentavalente: pode ser administrada a partir de 2 meses até 6 anos de idade (age contra a meningite por hemófilos);
No estado do Rio, a cobertura da Meningo C está em 61%, longe da meta de 95% e abaixo da média nacional, atualmente em 70%. O cenário também se repete na Pneumo 10, que conta com cobertura de 69% no território fluminense, e 80% na média do país. Já em relação à Pentavalente, as coberturas estão em 72% no Rio e em 83% no Brasil.
Levantamento feito pela Vigilância Epidemiológica da SES-RJ indica que 5.234 casos foram notificados no Estado do Rio de 2020 a 2023, período da pandemia da Covid-19, quando houve subnotificação de diversas doenças endêmicas. Ou seja, o número pode ter sido ainda maior. No mesmo período, foram registrados 522 óbitos. Muitos deles evitáveis.