Manobra pode atrapalhar o governo Lula. Caso a MP não seja aprovada até 1º de junho, perderá sua validade, e o desenho ministerial deixado por Jair Bolsonaro voltará a vigorar.
Uma estratégia orquestrada pelos deputados do União Brasil, que controla três pastas no governo Lula, resultou no adiamento da votação da Medida Provisória que busca reestruturar os ministérios. De acordo com reportagem de O Globo, Danilo Forte (União-CE) e Kim Kataguiri (União-SP) lideraram o movimento, expressando suas discordâncias em relação a pontos fundamentais do parecer apresentado pelo relator do projeto, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), especialmente em relação à extensão da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
A manobra do União Brasil pode atrapalhar o governo Lula. Caso a MP não seja aprovada até 1º de junho, perderá sua validade, e o desenho ministerial deixado por Jair Bolsonaro voltará a vigorar.
Além da Funasa, o relatório do Bulhões também desagradou a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que classificou a tentativa de retirar funções de sua pasta como um “desserviço”. A expectativa no Congresso era de que o relator revertesse a extensão da Funasa, o que não ocorreu. Tradição política determina a distribuição da fundação entre os estados. Bulhões optou por transferir as atribuições do órgão para os ministérios das Cidades, controlados pelo MDB, e da Saúde.
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