Por volta das 10h, a manifestação interditava o trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira.
Apoiadores de Jair Bolsonaro participam de um ato em Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo (16), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pede a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, o maior ataque às instituições da República desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.
Por volta das 10h, a manifestação interditava o trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira.
O protesto acontece uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal julgar denúncia da Procuradoria-Geral da República que pode tornar Bolsonaro réu.
Condenações
Até o momento, 481 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no ato. Dessas, 255 tiveram suas ações classificadas como graves. Até o momento, apenas 8 dos investigados foram absolvidos.
As penas por crimes graves chegam a 17 anos e 6 meses de prisão por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado.
As penas menores são de um ano por crimes como associação criminosa e incitação ao crime que são substituídas por restrição de direitos.
O ataque
O ataque de 8 de janeiro de 2023 pôs à prova os Três Poderes. Golpistas convocados nas redes sociais chegaram a Brasília em dezenas de caravanas financiadas por terceiros – e se juntaram a radicais acampados em frente ao quartel general do Exército havia meses.
Por decisão do STF, 84 estão presos preventivamente (condenados e sem chances de recursos), 55 provisoriamente, e outros cinco em prisão domiciliar. Ao todo, 61 suspeitos são considerados foragidos.
No 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília
De acordo com o STF, foram feitos 542 acordos de não persecução penal, quando os investigados confessam os crimes, cumprem medidas alternativas em troca de não serem julgadas.
Esse acordo foi oferecido para quem cometeu crimes de menor gravidade, como aqueles que estavam acampados no QG do Exército e defendia intervenção militar, o que é inconstitucional.
Destruição
A Advocacia-Geral da União aponta que os ataques golpistas causaram um prejuízo de R$ 26,2 milhões ao patrimônio público.
Contudo, há danos inestimáveis ao patrimônio histórico e cultural, já que obras e bens foram declarados irrecuperáveis.
Somente no Senado Federal, o dano foi de R$ 3,5 milhões. Já na Câmara do Deputados, o prejuízo ultrapassa R$ 3 milhões e no Palácio do Planalto os danos superam R$ 9 milhões, apenas com obras de arte.
Por G1