Os sistemas Imunana-Laranjal, que atende São Gonçalo, Niterói e parte de Maricá, e o Acari, responsável pelo abastecimento de algumas cidades da Baixada Fluminense, estão em estágio de alerta. Teresópolis, Nova Friburgo e Angra dos Reis também vêm sofrendo as consequências da seca.
O município de Guapimirim, na Baixada Fluminense, decretou estado de emergência devido à grave estiagem que enfrenta. Com a escassez de água, a concessionária Fonte da Serra e a prefeitura adotaram um sistema de rodízio no abastecimento e contrataram caminhões-pipa para amenizar a situação.
“Alguns bairros recebem água da meia-noite ao meio-dia; outros, do meio-dia à meia-noite. Porém, mesmo dentro desse rodízio, há locais onde a pressão não é suficiente para abastecer”, explicou Matheus Lopes do Nascimento, coordenador da Defesa Civil. O município, localizado no pé da Serra dos Órgãos, historicamente tinha água em abundância devido aos rios que descem das montanhas, atraindo turistas para suas cachoeiras. Contudo, a região agora enfrenta o menor índice pluviométrico já registrado.
Além de Guapimirim, outros sistemas de abastecimento de água, como o Imunana-Laranjal, que atende São Gonçalo, Niterói e parte de Maricá, e o Acari, responsável pelo fornecimento em algumas cidades da Baixada Fluminense, também estão em estado de alerta. Cidades como Teresópolis, Nova Friburgo e Angra dos Reis sofrem com as consequências da seca prolongada.
Moradores da região estão se virando como podem. Israel José de Oliveira, jornalista, coleta água de poças no leito quase seco do Rio Soberbo para tarefas domésticas. “Uso para as plantas e para limpar a casa. Não tem água na torneira”, disse ele. Monica Pereira Miguel, técnica de enfermagem, relembra os tempos em que a água cristalina do rio era abundante, mas agora está poluída. “É triste passar por isso. Não temos mais água, e a que temos não é segura”, lamentou.
A crise hídrica em Guapimirim evidencia a gravidade da estiagem e a urgência de soluções para garantir o abastecimento nas regiões afetadas.