COLUNA PERSONA

BIRA PRESIDENTE! “OBRIGADO DO FUNDO DO NOSSO QUINTAL”

Faleceu nos últimos minutos de sábado(23h55), Ubirajara Félix do Nascimento, mais conhecido como Bira presidente do Cacique de Ramos e componente do grupo Fundo de Quintal. Bira estava internado no hospital UNIMED da Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, tratando de um câncer na próstata e Alzheimer. Deixa duas filhas, dois netos e uma bisneta. Seu corpo foi velado no domingo (15), na quadra do Bloco Cacique de Ramos e na segunda feira (16), a partir das 14 horas no cemitério Jardim da Saudade em Sulacap, com o sepultamento previsto para as 16h30.

Bira foi um dos filhos de Domingos Félix do Nascimento e da Yalorixá Conceição de Souza Nascimento. O sambista teve seu” batismo no samba” aos 7 anos na quadra da Estação Primeira de Mangueira. Em função do rito de umbanda que sua mãe se dedicava, tinha logo após as sessões festas com roda de samba e choro. BIRA e o irmão Ubiranir desde cedo tiveram contato com a música. Já adolescentes frequentavam os saraus e rodas de samba e choro de figuras lendárias como Pixinguinha, João da Baiana, e Donga.

Em 1961, Bira com seus familiares e amigos, fundaram o Grêmio Recreativo Cacique de Ramos, Bloco carnavalesco que desfila até a data presente, no bairro de Ramos e na zona central da cidade do Rio.

Nos anos 60 e 70 o Cacique de Ramos e o Bafo da Onça protagonizavam uma rivalidade que chegava a vias de fato.

Bira foi o primeiro e o único presidente do Cacique até a sua morte.

Na década de 70 e 80, as quartas feiras, acontecia um futebol com jogadores e sambistas que prosseguia com comida e roda de samba. Era nessas rodas que começaram introduzir de maneira improvisada os instrumentos que eram usados nos carnavais do cacique. O tantã e Repique de mão.

Na fundação do grupo de quintal, ainda nos anos 80, na atmosfera do futebol e da roda de samba, além dos instrumentos de percussão já citados, foi introduzido o banjo. Com essa nova composição de instrumentos, deu uma nova sonoridade, revolucionando o samba de raiz, incentivando o surgimento de várias rodas de samba no subúrbio e posteriormente em toda a cidade consolidando o movimento de rodas de samba que ganhou força em outras cidades pelo país.  

“DO FUNDO DO NOSSO QUINTAL FICA AMIZADE, MAS O SHOW TEM QUE CONTINUAR” 

VALEU AMIGO.

POR Amaury Oliveira

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