Rodrigo Neves tem apoio do partido na cidade, mas Talíria Petrone ganha espaço entre militantes descontentes com a velha aliança
Os pré-candidatos Rodrigo Neves e Talíria Petrone estão no centro do embate entre
O imbróglio envolvendo o apoio de militantes do PT segue acirrado em Niterói. Protagonizada pelos pré-candidatos à prefeitura A disputa política entre Talíria Petrone (PSOL) e Rodrigo Neves (PDT) ganhou novos contornos após o apoio público de figuras do PT a Talíria, como a ministra Anielle Franco e Washington Quaquá, durante o lançamento do movimento Meu País Niterói. Oficialmente, o PT apoia a chapa de Rodrigo Neves. Em Niterói, dos 27 mil filiados partidários, cerca de 20% são do PT, aproximadamente 5.400 pessoas, enquanto o PDT tem 2.014 e o PSOL 1.430.
Talíria está tentando ampliar seu apoio entre os filiados petistas insatisfeitos com a gestão do PDT. O Coletivo 13 de Março, um grupo interno do PT, está movendo alianças para apoiar Talíria, com figuras como o deputado Lindbergh Farias, que já apoia Tarcísio Mota (PSOL) no Rio. Eles argumentam que o apoio de Rodrigo a partidos bolsonaristas, como o União Brasil, é um contrassenso.
Talíria critica a estagnação de Niterói e a falta de apoio ao presidente Lula por Rodrigo Neves, citando problemas como crianças fora da escola e aumento da população em situação de rua. Em resposta, Rodrigo publicou uma foto com Gleisi Hoffmann e João Maurício, líderes do PT, e levou o Agir, partido de centro-direita, para o movimento Amor por Niterói. O presidente do PT na cidade, vereador Anderson Pipico, minimizou a situação, afirmando que o apoio a Rodrigo foi unânime e que o descontentamento vem de uma minoria.
João Maurício, vice na chapa de Washington Quaquá em Maricá, defendeu Rodrigo, alegando que o descontentamento é limitado e que Rodrigo apoia Lula em 2026. O PCdoB também se envolveu, com Manuela d’Ávila declarando apoio a Talíria, o que gerou uma nota oficial do partido negando que ela fale em nome da sigla.