Meia não se enquadra em medida adotada pela Fifa; saiba como funciona
O Flamengo recebeu o sinal verde do Zenit para avançar nas negociações por Claudinho, e os clubes, agora, se preparam para falar sobre valores e forma de pagamento. A expectativa rubro-negra é por um desfecho positivo nas tratativas. Mas, afinal, por que Claudinho não pode acionar a cláusula de guerra da Fifa para acertar com o Fla?
Com o andamento da guerra entre Rússia e Ucrânia e sem previsão de fim dos confrontos, em maio deste ano, a Fifa adotou uma medida que autoriza aos jogadores a paralisação dos contratos até 30 de junho de 2024. De acordo com a entidade, tanto atletas quanto técnicos podem romper os vínculos de forma unilateral até o fim do prazo estipulado.
Entretanto, a cláusula de guerra da Fifa tem uma particularidade que impede que Claudinho acione a norma: a recente renovação contratual. Conforme as diretrizes, jogadores que assinaram novos vínculos ou retornaram aos países envolvidos nos confrontos depois de 7 de março de 2022 não se enquadram.
Claudinho renovou contrato com o Zenit no dia 22 de junho de 2022 e acertou novo vínculo por três anos, com validade até junho de 2027. Dessa forma, o meia-atacante não está apto a acionar a ‘cláusula de guerra’ da Fifa para deixar o país e assinar com outro clube, no caso, o Flamengo.
Ainda que não seja possível acionar a cláusula de guerras, as negociações entre Flamengo, Claudinho e Zeni seguem em andamento. Com o jogador, o Fla já tem tudo acertado, inclusive base salarial e tempo de contrato. Agora, basta ajustar com os russos os valores e forma de pagamento da transferência.
O Flamengo sinalizou uma proposta de 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 80 milhões) por 100% dos direitos econômicos de Claudinho. A janela de transferências deste meio do ano fecha no dia 2 de agosto, mas o Fla também se atenta ao prazo para a inscrição de atletas nas competições em andamento.
Por Paula Mattos