CLANDESTINIDADE: O BRASIL TEM 11 MIL EMPRESAS CLANDESTINAS DE (IN)SEGURANÇA PRIVADA QUE CAUSAM PREJUÍZO DE R$ 60 BI AOS COFRES PÚBLICOS

Brasil, setembro de 2024: Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o setor de segurança privada enfrenta um grave problema com a clandestinidade. No total, há 11.231 empresas operando ilegalmente em contraste com 2.694 que são regulamentadas. O Sudeste lidera com 39% das clandestinas, seguido pelo Nordeste (22%), Sul (20%), Centro-Oeste (11%) e Norte (8%).

São Paulo destaca-se com 594 empresas legalizadas, mas 2.476 clandestinas. O Rio de Janeiro possui 984 empresas ilegais, em comparação com 236 regularizadas, enquanto Minas Gerais registra 763 clandestinas e 183 legais. No Sul, Santa Catarina tem 145 empresas regulamentadas e 605 irregulares, enquanto a Bahia apresenta 180 legais e 750 clandestinas. No Distrito Federal, há apenas 76 regularizadas e 317 ilegais. O Pará tem 83 legais contra 346 clandestinas, e em Pernambuco são 87 regulamentadas e 363 ilegais. O Espírito Santo conta com 49 legais e 204 clandestinas.

Essas operações ilegais movimentam cerca de R$ 60 bilhões anualmente, uma quantia que não é arrecadada pelo governo e, muitas vezes, envolve armamentos ilegais. Em contrapartida, o setor legal apresentou um aumento significativo em 2024, com 530.194 vigilantes contratados, um crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior.

A busca por capacitação também aumentou, com 799.117 profissionais devidamente treinados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Estatuto da Segurança Privada, que regulariza o setor, estabelecendo que a prestação de serviços de segurança depende da autorização da Polícia Federal. O deputado Marcelo Crivella, autor do projeto, ressaltou que a nova legislação visa fortalecer o setor, que emprega 3,5 milhões de pessoas e movimenta R$ 40 bilhões por ano, além de reduzir o trabalho informal e melhorar a segurança da população.

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