Em meio à crise sanitária provocada pela Covid-19, o Ministério da Saúde durante o governo de Jair Bolsonaro optou pela aquisição de 10 milhões de camisinhas femininas, consolidando três contratos para tal fim. Contudo, a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que dois desses acordos, totalizando R$ 31,9 milhões, não eram necessários, visto que o estoque de 8.522.300 unidades de preservativos femininos já era suficiente para suprir a demanda por um período superior a 12 meses. As informações são do jornalista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.
Além disso, a CGU recomendou a imposição de uma multa de 60 mil dólares à empresa Precisa Comercialização de Medicamentos por não cumprir as normas de garantia estipuladas pela Lei das Licitações. Outras penalidades financeiras foram sugeridas devido a atrasos nas entregas dos produtos, sendo R$ 1,2 milhão destinados à Precisa e R$ 1,5 milhão à Injeflex.
Essa situação ganha contornos mais críticos ao considerar-se o contexto em que ocorreram essas aquisições. Em um momento em que recursos financeiros e esforços deveriam estar voltados para o enfrentamento da pandemia, descobre-se um uso questionável dos fundos públicos, evidenciando falhas na gestão e no planejamento estratégico do Ministério da Saúde.