CASTRO CONCRETIZOU A EXONERAÇÃO DE FELIPE PEIXOTO, SECRETÁRIO DE ENERGIA E ECONOMIA DO MAR, em decisão foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (19)
O governador Cláudio Castro (PL) deu o primeiro contragolpe às críticas do prefeito Eduardo Paes (PSD) à sua gestão. Como antecipado pelo colunista Lauro Jardim, Castro concretizou a exoneração de Felipe Peixoto (PSD), secretário de Energia e Economia do Mar, em decisão publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (19). O secretário Rodrigo Abel ficará responsável interinamente pela pasta. Por trás da decisão está a corrida eleitoral pela prefeitura do Rio: Castro apoia Alexandre Ramagem (PL), principal adversário de Eduardo Paes (PSD) na disputa. O Palácio Guanabara também está envolvido nas candidaturas de Rodrigo Amorim (União) e Marcelo Queiroz (PP).
Após a ameaça da exoneração de aliados do atual prefeito ser divulgada, Paes e Castro trocaram farpas nas redes sociais. Ao compartilhar no X uma nota do colunista Lauro Jardim que mostra o movimento de Castro para afastar dois partidos — Solidariedade e Podemos — da campanha de reeleição do prefeito, Paes complementou: “É isso mesmo: Cláudio Castro é Ramagem, o Witzel das eleições de 2024! Aliás, os responsáveis pela segurança pública no Rio!”
O governador, então, fez três publicações em sequência para responder. Alegou que a “máscara” de Paes vai cair, já que ele seria um “estelionatário” cujo pensamento “está só no Governo do Estado”.
“O povo será o próximo a ser traído”, escreveu Castro. “Aliás, Eduardo é o maior colecionador de traições da história do Brasil: já traiu Cesar Maia, Lula, Dilma, Pezão e o seu sócio e pai, Sérgio Cabral.”
Ao GLOBO, na semana passada, o governador já havia argumentado que Paes pretende praticar um “estelionato eleitoral”. Ele diz que o prefeito está mentindo ao se comprometer a continuar na prefeitura até o fim, caso seja reeleito.
Nos últimos dias, além do campo da segurança pública, a educação também serviu de munição para Paes contra Castro. O prefeito aproveitou o bom desempenho da capital no Ideb para se contrapor ao estado, que foi mal.