Ao menos 10 denúncias foram formalizadas por racismo contra o atacante brasileiro Vinicius Jr somente nesta temporada do campeonato espanhol
O caso de racismo envolvendo o jogador brasileiro Vinicius Jr, do Real Madrid, provocou uma reação inédita coletiva do governo do Brasil em relação a um atleta que joga fora do país. Apesar de ao menos 10 denúncias de racismo contra o atleta já terem sido formalizadas nesta temporada, o episódio desse final de semana causou grande repercussão no governo brasileiro. E há sinalização de que o movimento não deve parar.
Na noite de domingo (21/5), o próprio presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), começou o pronunciamento sobre a viagem ao Japão manifestando apoio ao jogador e cobrando providências contra o racismo no futebol. Lula pediu ações da Fifa e da Liga Espanhola que cessem o preconceito.
“Penso que é importante que a Fifa, a Liga Espanhola e as ligas de outros países tomem sérias providências, porque não podemos permitir que o fascismo e o racismo tomem conta dentro do estádio de futebol”, declarou.
Na data, durante partida entre Real Madrid e Valencia, pelo campeonato espanhol, o jogador foi alvo de ataques racistas. Tudo começou quando o brasileiro estava driblando e foi atrapalhado por uma segunda bola em campo. Seus companheiros de equipe ficaram indignados com a situação, e a torcida do Valencia começou a hostilizar o Real Madrid.
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Vini foi xingado por parte da torcida e apontou para o setor de onde partiam os gritos de “macaco”. O árbitro Ricardo de Burgos paralisou a partida. Revoltado, Vini apontou para um setor da torcida e afirmou que as ofensas vieram dali.
No final do jogo, uma confusão entre vários jogadores dos dois times paralisou novamente o jogo. O camisa 20 do Real Madrid deu um tapa em um atleta rival após sofrer um mata-leão e recebeu cartão amarelo. A arbitragem usou o VAR no lance e trocou a punição para um cartão vermelho.
Por- Metrópoles