No período de Carnaval, é comum que muitos brasileiros façam uma programação para passar o feriado em locais com praias, cachoeiras e clubes aquáticos, por exemplo. Diante disso, é importante ficar atento aos riscos de afogamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2023, o país registrou 71.663 mortes por esse tipo de acidente. As vítimas mais comuns são crianças e adolescentes. No período analisado, 12.662 casos envolveram adolescentes de 10 a 19 anos. Já 5.878 tiveram como vítimas crianças de 1 a 4 anos.
Este ano, o Rio Grande do Sul contou com o maior número de mortes por afogamento durante o Carnaval nos últimos cinco anos. De acordo com levantamento do Corpo de Bombeiros, pelo menos 11 óbitos foram registrados entre sábado (1º) e segunda-feira (3). Os casos mais recentes ocorreram em Porto Alegre e Eldorado do Sul. No mesmo período do ano passado, houve três mortes, enquanto em 2023, uma.
No Paraná, um levantamento do Corpo de Bombeiros revela que, de 1º de fevereiro a 4 de março, 98 pessoas foram resgatadas no litoral do estado. No entanto, foi confirmada uma morte por afogamento.
Sudeste
No Sudeste brasileiro, entre 28 de fevereiro e 3 de março, foram registrados 11 casos de afogamento em Minas Gerais. Do total, 6 terminaram em morte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, no Carnaval do ano passado nove pessoas morreram afogadas no estado. Todas as vítimas eram homens e tinham idade entre 35 e 64 anos.
Em São Paulo, também houve mortes por afogamento durante o feriado. De acordo com o Grupamento de Bombeiros Marítimos, quatro pessoas morreram em decorrência desse tipo de acidente, entre 28 de fevereiro e 4 de março. Os óbitos foram registrados nos municípios de Guarujá, Santos, Bertioga e Itanhaém. Ao todo, foram 76 registros de ocorrências durante o Carnaval.
Recomendações do Ministério da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, as mortes por afogamento podem ser evitadas com alguns cuidados. São eles:
- Assegurar a supervisão de crianças por adultos enquanto estiverem na água ou próximo
- Evitar deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água
- Proteger piscinas, poços e reservatórios com barreiras que impeçam o acesso à água
- Evitar brincadeiras inadequadas na água como corridas, empurrões e saltos
- Observar e respeitar as sinalizações em praias, rios e lagos que indiquem áreas com alto risco de afogamento
- Evitar nadar em áreas profundas, de profundidade desconhecida ou distantes da margem
- Não entrar na água durante condições climáticas desfavoráveis, como raios, trovões, tempestades, ventanias ou quando o mar estiver agitado.
por Marquezan Araújo – Brasil 61