Fiscais podem ouvir até 18 trabalhadores de duas fazendas, uma avaliada em R$ 60 milhões e outra com funcionários em condições análogas à escravidão
O cantor Leonardo precisou pagar R$ 225 mil a 6 trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão em uma fazenda de sua propriedade, em Jussara (GO). De acordo com a defesa do artista, ele pagou uma multa de R$ 94.063,24 após um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com a Defensoria Pública da União (DPU). Fiscais podem ouvir até 18 trabalhadores que desenvolviam suas atividades nas fazendas Talismã (avaliada em R$ 60 milhões) e Lakanka. Neste último local, 6 funcionários, entre os resgatados, estavam em condições semelhantes à escravidão, apontou o MPT. O ministério confirmou o pagamento das indenizações, e o caso foi arquivado em abril deste ano.
Segundo o Portal G1, o documento apontou que o músico tinha como obrigação contratual entregar uma parte da Fazenda Lakanka pronta para o plantio. O solo deveria estar limpo e preparado, o que incluía etapas como a catação de raízes e o plantio de grama. O arrendatário (outra pessoa) seria responsável por executar o plantio e o manejo das atividades agrícolas, caso a área estivesse adequada.
A defesa de Leonardo informou que “estão sendo tomadas as medidas necessárias para remover o nome de Leonardo da chamada ‘lista suja’ do trabalho escravo”. O cantor declarou não saber o que estava acontecendo.
“Surgiu um funcionário nessa fazenda que eu arrendei. Eu não o conheço, nunca ouvi falar, e fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho. Foi lavrada uma multa para mim, porque sou o proprietário da fazenda. Já plantei tomate. A vida é difícil lá. Do fundo do meu coração, eu jamais faria isso. Há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. Eu não me misturo nessa lista que fizeram de trabalho escravo”, afirmou Leonardo.