Imane Khelif entrou com uma queixa formal por assédio online por causa de mensagens ofensivas na internet
Campeã olímpica no boxe feminino até 66kg nas Olimpíadas de Paris, a argelina Imane Khelif registrou uma queixa legal na França devido a uma onda de fake news e discurso de ódio recebidos nas últimas semanas. A queixa foi registrada na sexta-feira em uma unidade especial da Polícia de Paris, que combate o discurso de ódio online. Khelif, alvo de acusações falsas de ser uma atleta transgênero, alegou “assédio cibernético agravado”, segundo seu advogado, Nabil Boudi.
A polêmica surgiu após a decisão de excluir Khelif da final do Mundial amador de 2023 pela Associação Internacional de Boxe (IBA), que alegou que ela não atendia aos requisitos de elegibilidade para competir entre mulheres. O Comitê Olímpico Internacional (COI), que organizou o torneio olímpico de boxe em Paris, permitiu sua participação, seguindo os protocolos de Tóquio 2020. A IBA, descredenciada pelo COI, anunciou que concederia uma premiação equivalente a uma medalha de ouro à adversária de Khelif, Angela Carini, após a derrota da italiana na luta inicial.
A vitória de Khelif sobre Carini, que abandonou a luta após sofrer golpes, intensificou os boatos e a desinformação. O COI reafirmou que a atleta cumpria todos os requisitos para competir.