O forte calor no Rio de Janeiro levou 2,4 mil cariocas a procurar ajuda médica somente na 1ª quinzena do mês — este é o fevereiro mais quente desde 2003, quando começaram as medições.
O Blog obteve os dados do atendimento da rede municipal de saúde entre os dias 1º e 15 de fevereiro. Em cerca de 60% dos casos, os pacientes chegam com queimaduras na pele pela longa exposição ao sol. Outro sintoma comum é a desidratação.
Idosos e crianças são a maioria dos pacientes.
Na segunda-feira (17), o Rio entrou no Calor 4, o penúltimo nível de uma escala de 5, e a orientação é evitar ficar muito tempo debaixo do sol.
O Calor 4 significa máxima entre 40°C e 44°C por ao menos 3 dias seguidos. Pontos de resfriamento e de hidratação foram abertos à população, como as Naves do Conhecimento e postos de saúde. Os endereços estão disponíveis no aplicativo do COR (veja lista abaixo).
O protocolo de calor foi adotado em junho do ano passado depois que uma fã de Taylor Swift morreu de hipertermia durante o show da americana em 2023. Os índices avaliam não só os termômetros, mas também a incidência de raios ultravioleta e a duração, em dias, das altas temperaturas.
‘Fervereiro’
O Rio de Janeiro não tinha um fevereiro tão quente desde 2003, início da série histórica. Segundo a Climatempo, a média das temperaturas até a última segunda-feira (17) na cidade foi de 36,6 graus, a maior nesses 21 anos.
Historicamente, termômetros ficam no patamar dos 33°C no 2º mês do ano.
O tempo seco também deu trabalho para os bombeiros. Somente na segunda e na terça, quartéis foram acionados para 560 ocorrências de fogo em vegetação.
Foram mais de 2 mil ocorrências registradas pela corporação nos primeiros 45 dias do ano de 2025. No mesmo período de 2024, 700 ocorrências deste tipo foram atendidas pelos militares.
por Edmilson Ávila – G1