BRASIL TERÁ PAPEL DE “TESTEMUNHA CONFIÁVEL” NA DISPUTA VENEZUELA X GUIANA, DEFINE CELSO AMORIM

Assessor especial do presidente Lula irá intermediar o encontro entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, em São Vicente e Granadinas

Enquanto se ocupa dos preparativos para o embarque amanhã (13) para São Vicente e Granadinas – nação caribenha que lidera atualmente a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) -, onde irá intermediar o encontro entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, na quinta-feira (14), o embaixador e assessor especial do Palácio do Planalto, Celso Amorim, falou ao 247.

Amorim foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para intermediar o diálogo entre Maduro e Ali, mas parte sem nenhuma expectativa com relação à pauta que os presidentes irão encaminhar. Segundo definiu, o diálogo está “em aberto e sem pressupostos”.

Observou, no entanto, que “ultimamente, os venezuelanos têm enfatizado questões petrolíferas, mas não houve reação da Guiana. Nem sei como o tema evoluirá”, avalia. Num primeiro momento, vê o papel do Brasil “(na verdade do Presidente Lula, que eu representarei) como o de uma testemunha confiável”, ressalva.

O principal foco da reunião será a disputa territorial sobre o Essequibo, região guianense rica em recursos petrolíferos que Maduro busca anexar à Venezuela. A contenda vem desde 1899, sem solução, mas se tornou mais tensa no domingo 03/12, quando 95% dos venezuelanos votaram pela anexação de 74% do território da Guiana, às margens do rio Essequibo, onde residem 120 mil pessoas.

Por Denise Assis -247

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