BRASIL PODE SER LÍDER GLOBAL EM BIOECONOMIA, DIZ LUCIANA SANTOS

Ministra de Ciência e Tecnologia destaca o potencial do País em energias renováveis

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, inaugurou a 4ª Reunião da Iniciativa em Bioeconomia do G20 nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, enfatizando a importância crítica da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável. A abertura ocorre em um momento de urgência amplificada por desastres ambientais frequentes e mudanças climáticas aceleradas.

Em seu discurso, a ministra destacou as recentes tragédias ambientais no Brasil, incluindo inundações no Rio Grande do Sul e adversidades climáticas na Amazônia, como secas e queimadas. “Estas catástrofes impõem uma responsabilidade ainda maior sobre nós para adotarmos práticas de produção e consumo mais sustentáveis, que diminuam as emissões de gases do efeito estufa e combatam as mudanças climáticas”, declarou Santos.

A bioeconomia surge como uma resposta estratégica a esses desafios, oferecendo caminhos para inovação, transformação estrutural, e atendimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. “Buscamos promover não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a competitividade econômica, a inclusão social e a coesão territorial”, ressaltou a ministra.

Brasil na Liderança da Bioeconomia Global

Durante o evento, Santos também reforçou a posição privilegiada do Brasil para liderar no desenvolvimento de uma bioeconomia robusta e sustentável. Com uma rica sociobiodiversidade e um setor agropecuário influente, o Brasil alia conhecimento tradicional a avanços em biocombustíveis e pesquisa agrária, posicionando-se como líder na descarbonização industrial e transição energética.

“Temos um setor acadêmico de destaque global e uma agropecuária tropical que é sustentada por ciência, tecnologia e inovação, características que nos destacam como o segundo maior exportador de alimentos do mundo”, afirmou a ministra.

Futuro da Iniciativa em Bioeconomia

A ministra expressou o desejo de que a Iniciativa em Bioeconomia seja continuada sob a liderança da África do Sul no G20 em 2025, e que a cooperação entre países do Norte e do Sul seja intensificada. O objetivo é garantir que conhecimentos e tecnologias essenciais para a bioeconomia sejam acessíveis a todos, contribuindo para a descarbonização da economia e o enfrentamento de pandemias e crises climáticas.

A 4ª Reunião da Iniciativa em Bioeconomia do G20 ocorrerá até o dia 11 de setembro, focando na construção de consensos e formulação de políticas sustentáveis entre os países membros. Luciana Santos destacou a importância da diplomacia científica como ferramenta vital para superar os desafios globais iminentes.

Por: 247

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