Segundo o levantamento, o percentual de brasileiros satisfeitos é de 53%; está em 5º lugar no ranking de felicidade
O Brasil é o país onde as pessoas estão menos satisfeitas com a segurança pessoal, segundo levantamento da Ipsos realizado em 30 países e divulgado nesta 2ª feira (18.mar.2024). O percentual nacional de satisfação é de 53%. A média mundial é 73%.
A Indonésia tem a maior taxa de satisfação: 89% dos entrevistados responderam positivamente em relação à segurança pessoal. É seguida por Cingapura e Holanda (ambos com 88%) e pela Índia (83%). Eis a íntegra da pesquisa
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O Brasil teve só 34% dos entrevistados satisfeitos com a economia. A média global foi de 40%. A Índia teve a maior taxa de satisfação, com 81%, seguido por Cingapura, com 68%, e Indonésia, com 61%.
A pesquisa também mostrou que 40% dos brasileiros estão satisfeitos com a situação social e política do país. Em relação à média mundial, o país está 1 p.p (ponto percentual) acima –39%. Mais uma vez, a Índia teve a maior taxa de satisfação (79%).
A Hungria, o Japão e a Coreia do Sul despontaram com os piores desempenhos na situação social e econômica de cada país. Foram 19%, 23% e 24%, respectivamente, de entrevistados que disseram estar de satisfeitos.
BRASIL É UM DOS MAIS FELIZES
Apesar do percentual de insatisfação em outros quesitos, o Brasil está entre os países mais felizes, de acordo com o levantamento da Ipsos. Tem a 5ª maior taxa entre os 30 que integram a pesquisa, com 81%.
A Holanda teve o melhor desempenho, com 85% dos entrevistados se declarando “felizes”. A Hungria e o Japão têm a menor taxa– 48%.
Eis os 3 países mais felizes:
- Holanda – 85%;
- México – 83%; e
- Indonésia – 82%.
A média mundial de felicidade é de 71%. Segundo a Ipsos, a taxa mostra que, com o passar dos anos depois da pandemia de covid, as pessoas têm se sentido felizes. Em 2020, o 1º ano da pandemia, a taxa era de 63%.
No entanto, a taxa de 2023 continua abaixo dos índices registrados na década de 2010. Em 2013, a taxa de felicidade registrada pela Ipsos era de 77%. Em relação a 2022, a taxa também teve uma queda de 2 p.p.
A pesquisa elaborada pela Ipsos não inclui a Finlândia e a Dinamarca. Os 2 países lideraram o ranking World Happiness Report (Relatório da Felicidade, em português), feito pela ONU (Organização das Nações Unidas), no ano passado.
Leia abaixo outros destaques do Brasil na pesquisa da Ipsos:
- o Brasil foi o 5º país mais insatisfeito com a realização de exercícios e atividades físicas, com 55% de satisfação. A média mundial é de 64%;
- o país ocupou a mesma posição em relação à “liberdade de dizer o que quiser”, com 62% de satisfação. A média mundial é de 73%;
- o Brasil é o 3º pior país em relação à satisfação com o acesso a notícias e fontes de informação, com 64%. A média mundial é de 75%;
- o Brasil teve um desempenho acima da média mundial (72%) em relação à satisfação com religião ou fé espiritual, com 77%.
Leia abaixo outros destaques internacionais da pesquisa da Ipsos:
- a Turquia teve o maior declínio no quesito “felicidade”, com uma queda de 30 p.p em 13 anos;
- a Espanha teve o maior amento, de 7 p.p em 13 anos;
- família e amizades são os aspectos que mais satisfizeram os entrevistados, enquanto a situação política e econômica e finanças pessoais são os com menor percentual de satisfação;
- a Hungria se manteve “consistentemente” infeliz, segundo a Ipsos, enquanto a Coreia do Sul teve uma queda de 23 p.p em 13 anos;
METODOLOGIA
A Ipsos realizou o estudo “Global Happiness 2024” de 22 de dezembro de 2023 a 5 de janeiro de 2024. Foram feitas 24.269 entrevistas on-line em 30 países, das quais 1.000 foram no Brasil.
Os entrevistados foram questionados sobre quão satisfeitos se sentiam em relação a diferentes aspectos de suas vidas, como segurança pessoal, relacionamentos, finanças, entre outros.
No levantamento sobre felicidade, os entrevistados foram questionados sobre o aspecto e dados 4 possíveis respostas: muito feliz, algo feliz, não muito feliz, infeliz e completamente infeliz.
Eis a distribuição de entrevistas e margem de erro da pesquisa:
- em países que realizaram 1.000 entrevistas (Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos), a margem de erro é de 3,5 p.p para mais ou para menos;
- já em países que realizaram 500 entrevistas (Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Hungria, Indonésia, Irlanda, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Tailândia e Turquia), a margem de erro é de 5 p.p para mais ou para menos;
- no Japão foram feitas cerca de 2.000 entrevistas. A margem de erro não foi informada.
Segundo a empresa de pesquisas, a amostra brasileira é mais “urbana, educada e próspera do que a população geral” e os resultados devem ser analisados considerando esse recorte.
Luciana Saravia