Ex-presidente disse que o pleito de 2022 teve “interferência” e que a vontade dos eleitores não foi respeitada
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a lisura do processo que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Palácio do Planalto em outubro de 2022.
Em evento do PL Mulher no Rio de Janeiro, neste sábado (25.nov.2023), Bolsonaro disse que sua derrota seria responsabilidade de uma ingerência externa na eleição, e não da vontade popular: “Vocês bem sabem quem interferiu e quem decidiu nas eleições. Repito: quem decidiu não foi o povo. O povo não foi respeitado”.
O ex-presidente fez a declaração em breve discurso do evento capitaneado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, líder do PL Mulher. Ela é uma das apostas de Valdemar Costa Neto para impulsionar a adesão do eleitorado feminino ao partido, uma das razões que impediram um novo mandato de Bolsonaro.
Os ataques ao sistema eleitoral e à confiabilidade das urnas eletrônicas levaram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a julgar ações que decretaram a inelegibilidade do ex-presidente até 2030. Com isso, ele ficou impedido de concorrer nas próximas 3 disputas eleitorais: 2024, 2026 e 2028.
O caso julgado em junho deste ano tratou de uma reunião do então chefe do Executivo com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro fez uma apresentação em que questionou a lisura do sistema eleitoral brasileiro, as urnas eletrônicas e a atuação do STF e do TSE.
Em 29 de setembro, a Corte negou os recursos e manteve a inelegibilidade. Agora, Bolsonaro recorre ao STF para reverter a inelegibilidade.
Além desse caso, o ex-presidente também foi considerado responsável por violar leis que vedam o abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação nos atos de comemoração do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.
Por Poder360