O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, negaram ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes terem se encontrado durante à convenção do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em 3 de agosto.
Segundo apurou, o entorno de Bolsonaro, que estava presente no evento, diz haver diferenças entre os horários do discurso de Valdemar com a chegada e subida ao palco do ex-presidente. As petições foram enviadas no prazo de 48h estabelecido por Moraes.
As defesas afirmaram nas petições haver diversas testemunhas que comprovam a inexistência do encontro. O assessor Fábio Wajngarten compartihou um vídeo que mostra Bolsonaro subindo ao palco pela parte da frente, depois que o presidente do PL sai pelos fundos.
A decisão é de 5ª feira (8.ago.2024). Foi dada no inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado em 2022. O caso está em sigilo no STF. Além de Valdemar e Bolsonaro, Moraes comunicou a decisão à PGR (Procuradoria-Geral da República).
Em 8 de fevereiro, na operação Tempus Veritatis, Moraes proibiu o contato entre eles. A medida cautelar também foi ratificada na decisão de soltura do presidente do PL em 10 de fevereiro, depois de ser preso por posse ilegal de arma de fogo.
Bolsonaro e Valdemar pediram o fim da proibição, mas Moraes negou o pedido. Em petição, a defesa do ex-presidente disse que ele é o principal “cabo eleitoral do partido” para as eleições de 2024. Já os advogados do dirigente do partido disseram não haver motivo para eles não se falarem.