Oposição bolsonaristas no Senado questiona a validade das acusações contra Bolsonaro e Costa Neto e acusa relatório da PF de ter sido “encomendado”
A oposição no Senado elaborou um “contra-relatório” com 33 páginas rebatendo as conclusões apresentadas pela Polícia Federal no inquérito do golpe, que investiga supostas tentativas de Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, de contestar o resultado das eleições de 2022. O documento, assinado pelo gabinete do senador Rogério Marinho (PL-RN), atual líder da oposição no Senado, questiona a credibilidade do relatório final da PF, de 884 páginas, e afirma que ele teria sido “encomendado”.
O “contra-relatório”, intitulado Golpe de Estado ou Enredo dos Trapalhões? Um Indiciamento que Parece Encomendado, destaca o que considera contradições no relatório da Polícia Federal. Entre as alegações estão a interpretação errônea de diálogos como crimes de opinião e a falta de evidências conclusivas. A oposição também critica a forma como a PF tratou o papel das Forças Armadas, considerando que as conclusões do relatório estão fragilizadas por falhas jurídicas.
“No relatório, a Polícia Federal interpreta diálogos e manifestações de pensamento como crimes, sem que haja qualquer evidência de que houvesse a intenção de implementar esses atos com violência ou grave ameaça”, afirma o texto oposicionista. A oposição agrupa as supostas falhas do relatório em categorias como contradições narrativas, falta de provas concretas e omissões quanto à participação das Forças Armadas.
Além disso, o documento questiona as acusações contra Bolsonaro, alegando que não há provas de que o ex-mandatário tenha se envolvido no planejamento de um golpe. Para a oposição, as opiniões de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas não devem ser consideradas como elementos suficientes para sustentar a acusação.
Em relação a Valdemar Costa Neto, o relatório da oposição afirma que não existem provas concretas de que ele tenha conhecimento de qualquer falha no relatório das urnas ou de um possível golpe de Estado.
Por Brasil 247