BOLSAS DA EUROPA FECHAM EM ALTA COM EXPECTATIVA DE GASTOS COM DEFESA

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira (3), em meio à perspectiva de aumento de gastos com defesa pela União Europeia (UE) e o Reino Unido, enquanto representantes europeus buscam um acordo para a guerra entre Ucrânia e Rússia, com intermediação dos Estados Unidos.

Além disso, investidores seguem na expectativa pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (6).

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,70%, a 8.871,31 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 2,61%, a 23.139,41 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 1,09%, a 8.199,71 pontos. Em Madri, o Ibex 35 ganhou 0,41%, a 13,401.60 pontos.

Em Lisboa, o PSI 20 registrou alta de 0,17%, a 6.811,94 pontos, enquanto em Milão, o FTSE MIB marcou variação positiva de 1,07%, a 39.069,40 pontos. As cotações são preliminares.

No fim de semana, em Londres, líderes da Europa concordaram em manter o apoio militar à Ucrânia como parte de um plano para acabar com a guerra e defender o país da Rússia.

Entretanto, sinais de divergências entre França e Reino Unido colocam em dúvida em resposta unificada da Europa para a questão.

Nesta segunda, o ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, ressaltou a necessidade da região reforçar o investimento no setor de defesa, que foi destaque nas bolsas hoje.

A ação da alemã Hensoldt subia 22,25%, a do fabricante da Alemanha Renk Group avançava 18,9%, a da italiana Leonardo ganhou 16,13%, de acordo com cotações preliminares.A britânica Rolls-Royce ascendeu 4,95%.

Para analistas do HSBC, empresas do setor devem ser reclassificadas, considerando a maior certeza sobre as trajetórias de gastos com defesa.

O mercado espera que o BCE anuncie nesta semana redução de 25 pontos-base em suas taxas de juros.

Nesta segunda-feira, a presidente do Conselho de Supervisão do BCE, Claudia Buch, destacou em discurso que o nível de inadimplência na zona do euro ainda é baixo, de 2,3%, mas há sinais de deterioração, em particular na Alemanha e na Áustria.

Fontes ouvidas pelo Financial Times dizem que o Deutsche Bank entrou em conflito com o BCE ao longo de 2024 sobre preocupações de que o credor alemão pode estar subestimando quantos empréstimos iriam “azedar”.

por Isabella Pugliese Vellani – CNN

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