Investimento estrangeiro na Bolsa brasileira, B3, atingiu um volume líquido recorde de R$ 18,2 bilhões em novembro
O investimento estrangeiro na Bolsa brasileira, B3, atingiu um volume líquido recorde de R$ 18,2 bilhões em novembro, melhor performance desde março de 2022, segundo dados compilados pelo consultor de mercado de capitais Einar Rivero, diz o Metrópoles.
O volume representa uma mudança em relação aos três meses anteriores a novembro. “Em agosto, setembro e outubro os saldos dos aportes estrangeiros na Bolsa foram negativos. Eles ficaram no vermelho em, respectivamente, R$ 10,4 bilhões, R$ 1,4 bilhão e R$ 2,8 bilhões, ainda segundo o levantamento de Rivero”, destaca a reportagem.
O analista-chefe da VG Research, Luan Alves, destaca que a mudança de humor do mercado financeiro está relacionada a um movimento global. A estratégia adotada pelo Federal Reserve (Fed), elevando as taxas de juros para combater a inflação, inicialmente favoreceu títulos da dívida americana, desencorajando o interesse por ativos de maior risco, como as ações em Bolsa.
No entanto, nos últimos dois meses, uma reviravolta ocorreu, o que, segundo Alves, “aumentou a convicção no mercado de que o ciclo de alta de juros chegou ao fim nos Estados Unidos”. Esse otimismo impulsionou a recuperação do apetite por investimentos de risco, refletindo-se no aumento da exposição estrangeira na Bolsa brasileira.
Especialistas como André Fernandes, sócio da A7 Capital, destacam a crescente convicção de um possível corte de juros em março de 2024, alimentando a busca por investimentos de maior rentabilidade. A aposta, embora arriscada, impulsionou a retomada do interesse estrangeiro na Bolsa local.