BELFORD ROXO TEM O PIOR ÍNDICE SOCIOECONÔMICO DO ESTADO DO RIO

Uma pesquisa da Firjan aponta que Belford Roxo é o município do estado do Rio de Janeiro com pior índice socioeconômico e que nenhuma cidade foi considerada de desenvolvimento alto.

Os dados avaliados são de 2023. O RJ foi o único estado do sudeste sem ter alguma cidade em alto nível. O estudo leva em conta dados sobre geração de empregos, educação e saúde.

Em Belford Roxo, os moradores reclamam da falta de emprego de carteira assinada, dificuldade no acesso a serviços de saúde e baixo nível das escolas públicas, onde costumam faltar professores.

As cidades mais bem posicionadas, todas consideradas moderadas, no ranking são: Rio de Janeiro; Volta Redonda; Resende; Piraí e Macaé.

O Rio, mesmo com a melhor posição estadual, teve o pior índice entre as capitais do sudeste e ficou em 6º lugar entre as capitais do país.

A cidade de Niterói, que era a 1ª, caiu para a 11ª. Segundo a Firjan, esse resultado é explicado pela piora na oferta de emprego, queda na renda da população e pelo ritmo lento de melhoria na educação e saúde.

A Baixada Fluminense foi a região com o pior desempenho estadual. Só Itaguaí chegou a nível moderado e outros 11 municípios registraram nível baixo. Belford Roxo é o único considerado crítico.

Procurada, a prefeitura de Belford Roxo disse que a administração atual assumiu em janeiro desse ano e encontrou a cidade com R$ 1 bilhão em dívidas, mas que está se empenhando para melhorar a qualidade de vida da população na saúde e na educação.

A prefeitura do Rio disse que vem investindo em saúde, educação e geração de emprego e renda e informou que inaugurou o Super Centro Carioca de Saúde, duas maternidades, quatro clínicas da família, uma Upa e onze centros de saúde especializados.

Disse ainda que no ano passado o Rio foi a capital onde mais cresceu o Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Afirmou, ainda, que a cidade gerou mais de 330 mil novos empregos entre 2021 e 2024.

O dado consta no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que também aponta que nenhum município foi considerado de desenvolvimento alto.

O levantamento mostra que Itaguaí foi a única cidade da Baixada Fluminense a apresentar desenvolvimento socioeconômico moderado. Os outros 12 municípios da região registraram desempenho baixo ou crítico. Duque de Caxias, por exemplo, perdeu 37 posições no ranking. A análise tem como base dados oficiais referentes ao ano de 2023 e faz comparativo com os dados de 2013. Esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

por G1

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