AUDITOR DO STJD INDICA SUSPENSÃO DE SEIS ANOS A JOHN TEXTOR, DONO DA SAF DO BOTAFOGO

No relatório divulgado nesta sexta-feira (5), empresário ainda teria de pagar multa de R$ 2 milhões

Rio – O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) publicou, nesta sexta-feira (5), o relatório sobre o inquérito aberto após as denúncias de John Textor, dono da SAF do Botafogo, sobre possível manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. O auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva sugeriu suspensão de seis anos e multa de R$ 2 milhões.

Esta seria a maior punição já aplicada pelo tribunal esportivo, que analisou as provas apresentadas por Textor e julgou como “imprestáveis”, concluindo que as ações do empresário são ofendem a honra de atletas, árbitros e entidades. Essas foram enquadradas no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). 

O inquérito foi aberto depois de solicitações da Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF). Todos os casos em cima dos discursos de John Textor sobre possíveis manipulações.

Além do artigo 243-F, de ofensa à honra, também foram aplicados ao dono da SAF do Botafogo os artigos 221 (“Dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal à instauração de inquérito ou processo na Justiça Desportiva) e 243-A (Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado da partida, prova ou equivalente) do CBJD. Foram citados como vítimas Palmeiras, Grêmio, Bahia, Flamengo, Atlético-MG e São Paulo. 

Como Mauro Marcelo de Lima e Silva aponta delitos criminais, em um dos trechos, sugere encaminhamento do caso à Justiça do Rio de Janeiro. 

Relembre o caso

Tudo começou na reta final do Brasileirão 2023, após a derrota do Botafogo dentro de casa por 4 a 3 para o Palmeiras. Entendendo possível interferência da arbitragem, Textor disparou contra a CBF, em nome do presidente Ednaldo Rodrigues e da Comissão de Arbitragem. 

No início deste ano, o empresário disse ter provas de que jogos do Campeonato Brasileiro estariam sendo manipulados e as apresentou ao STJD para apreciação. Em meio à isso, também utilizou sua plataforma na web para afirmar que o jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela mesma edição do campeonato, foi manipulado – todos esses com base em relatórios da “Good Game”, empresa contratada.

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