Informações foram passadas por médicos à agência “Reuters”; cidade é refúgio para civis palestinos
Ataques aéreos de Israel contra 3 casas na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mataram pelo menos 20 palestinos nesta 2ª feira (29.abr.2024). As informações foram passadas por médicos à agência Reuters. A agência palestina Wafa fala em 25 mortos, incluindo 5 crianças e 10 mulheres.
Rafah se tornou refúgio para civis que deixaram outras regiões do enclave palestino para fugir da guerra. Em 15 de março, Israel anunciou que aprovou o plano para ingressar na cidade, apesar de pedidos da comunidade internacional para que a incursão militar ficasse limitada ao norte.
Sem citar Rafah, o porta-voz das FDI (Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, disse no domingo (28.abr) que os militares israelenses “operam de acordo com o direito internacional” e fazem “grandes esforços para minimizar os danos aos civis”.
Israel afirmou que a guerra só vai terminar quando o Hamas for erradicado. Rafah é, segundo o país, o principal reduto do grupo extremista na Faixa de Gaza.
“Continuaremos a perseguir o Hamas em toda a Faixa de Gaza. Continuaremos fazendo tudo ao nosso alcance para trazer de volta nossos reféns. Continuaremos a cumprir a nossa missão: libertar os nossos reféns do Hamas e libertar a Faixa de Gaza do Hamas”, disse Hagari.
No domingo (29.abr), o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas (Fatah), disse que apenas os Estados Unidos podem impedir Israel de “cometer o crime” de atacar Rafah.
Os presidentes de EUA, Joe Biden (Partido Democrata), e Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, de direita), conversaram no domingo (28.abr). O norte-americano voltou a cobrar o israelense por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo a Casa Branca, a situação de Rafah foi discutida pelos líderes.
O Egito apresentou uma nova proposta de trégua para Israel e o Hamas. A ideia é que 20 reféns israelenses sejam soltos em troca da liberdade de presos palestinos, além de um cessar-fogo que duraria 3 semanas.
Israel ajudou a redigir a proposta. A última vez que houve um acordo para de pausa no conflito foi em novembro de 2023, que resultou na soltura de israelenses. O Hamas está relutante em liberar qualquer pessoa antes do fim da guerra. Representantes do grupo extremista chegam ao Egito nesta 2ª feira (29.abr.2024) para debater o possível acordo.