Corpo celeste tem o tamanho equivalente a até duas torres do antigo World Trade Center, que ficava em Nova York
JAXA, Universidade de Tóquio, Universidade Kochi, Universidade Rikkyo, Universidade Nagoya, Instituto Chiba de Tecnologia, Universidade de Meiji, Universidade de Aizu e AIST/Divulgação via REUTERS
O asteroide 1994 XD se aproximará da Terra na próxima segunda-feira (12). A formação rochosa, que orbita ao redor do sol a cada 3,6 anos, está em uma distância considerada de risco pela Nasa como “potencialmente perigosa”.
Segundo a agência espacial dos Estados Unidos os asteroides que se enquadram nessa categoria têm chance de um dia acertar o planeta Terra, mesmo os que demonstram baixa probabilidade.
Com diâmetro estimado entre 370 e 830 metros, ainda segundo dados da Nasa, o 1994 XD foi nomeado com o ano de sua descoberta pelo Observatório Kitt Peak, nos Estados Unidos, e é do tipo binário – composto por dois objetos que giram em torno de um centro de massa comum.
Para efeito de comparação, o corpo celeste tem o tamanho de uma a duas torres do antigo World Trade Center, cujos arranha-céus tinham 415 e 417 metros de altura. Sendo assim, caso o objeto realmente colidisse com o planeta, o potencial destrutivo seria inimaginável e devastador.
Será que o astro oferece riscos reais de arruinar o “Dia dos Namorados” de nós, brasileiros? Spoiler: calma, por ora, não há motivos para pânico.
Isso porque o portal Virtual Telescope Project, que vai monitorar ao vivo a passagem do asteroide, afirma que o visitante espacial não apresenta riscos para os terráqueos, uma vez que ele passará a 3,1 milhões de quilômetros, ou oito vezes a distância entre o planeta Terra e a Lua.
Contudo, quando asteroides são classificados como “potencialmente perigosos”, os observatórios passam a monitorá-los constantemente por risco de colisões futuras, em caso de mudanças gravitacionais que possam colocá-los em rota de colisão com o nosso planeta. A propósito, uma nova passagem do 1994 XD pela Terra deve ocorrer no ano de 2041.
Mudança de rota
Em 2022, a Nasa promoveu uma colisão proposital da sonda Dart contra a lua Dimorphos, de 160 metros de diâmetro, com objetivo de verificar se o impacto alteraria a trajetória do asteroide.
Posteriormente, a agência norte-americana celebrou o resultado, revelando uma alteração de 4% na rota do objeto, o que poderia significar, no futuro, a salvação do planeta Terra.
Por Bárbara Carvalho – CNN