APÓS DECISÃO DA JUSTIÇA, SÂMIA CHAMA SALLES DE ‘RÉULATOR’ EM CPI DO MST

APÓS DECISÃO DA JUSTIÇA, SÂMIA CHAMA SALLES DE ‘RÉULATOR’ EM CPI DO MST

Deputada ergue placas com denúncias contra ex-ministro em meio a tensões na CPI do MST

Em um episódio de alta tensão na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL) ergueu placas com denúncias contra o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apelidando-o de ‘réulator’, após uma decisão da Justiça. Os ânimos se exaltaram quando o presidente da CPI, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), cortou o microfone da deputada durante seu tempo de fala. A ação de Sâmia ocorreu logo após a Justiça Federal em Brasília aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Ricardo Salles. O ex-ministro agora é réu em um processo que o acusa de associação criminosa, facilitação ao contrabando, advocacia administrativa e obstrução à fiscalização ambiental durante seu mandato como ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro.

A deputada, visivelmente indignada, exibiu placas com as denúncias contra Salles, afirmando: “Caso meu microfone seja mais uma vez cortado, trouxe aqui para ninguém ter dúvida”. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também está investigando uma possível violência política contra a parlamentar após o incidente com o microfone. Sâmia não poupou críticas a Salles, alegando que ele agiu da mesma forma em outra sessão da CPI. No entanto, o ex-ministro optou por não responder às provocações e limitou-se a alegar que a visita à área indígena, objeto de discussão na CPI, ocorreu sem aviso às lideranças locais e não estava pautada nas diligências do comitê, caracterizando-a como uma invasão.

As investigações que resultaram na denúncia contra Salles também implicaram outras 21 pessoas, incluindo o ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim. Todos são acusados de envolvimento em uma mudança de regra no instituto, em fevereiro de 2020, que teria permitido a exportação ilegal de madeira. Essas investigações, conhecidas como Operação Akuanduba, levaram à saída de Salles do governo Bolsonaro em maio de 2021.

Por Brasil 247

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