A organização de direitos humanos diz que o emprego indiscriminado da substância é ilegal e exige que seja investigado como crime de guerra
Nesta terça-feira (31), a Anistia Internacional divulgou os resultados de uma nova investigação que revelou o uso de fósforo branco pelas forças de Israel em um ataque realizado em Dhayra, no sul do Líbano, no último dia 16. A organização de direitos humanos com sede no Reino Unido alega que o emprego indiscriminado de fósforo branco por parte de Israel é considerado ilegal e exige que o ataque seja investigado como um possível crime de guerra, informa o portal IG. >>> Correspondente da Al Jazeera em Gaza relata uso de bombas de fósforo branco por Israel
Israel, que anteriormente já enfrentou acusações de uso de fósforo branco na Faixa de Gaza, reiterou sua negação das denúncias, afirmando que são “inequivocamente falsas”. O uso de bombas de fósforo branco contra seres humanos está proibido desde 1997 pela Convenção de Genebra. De acordo com o direito internacional, essa arma só pode ser empregada para atingir alvos militares. A bomba de fósforo branco é uma arma incendiária, que explode quando entra em contato com o oxigênio presente no ar. Uma vez aceso, o fósforo branco é extremamente difícil de apagar. Ele se adere a superfícies como pele e roupas. A substância pode causar queimaduras gravíssimas, chegando até os ossos ou até mesmo ultrapassando-os. Quando entra na corrente sanguínea, ela pode também envenenar os rins, fígado e coração, causando falência múltipla de órgãos. A fumaça liberada pela bomba também pode danificar o sistema res