AMORIM DEVE SER ACOMPANHADO POR EQUIPE DE SEGURANÇA NA VENEZUELA

Governo brasileiro quer evitar incidente diante da instabilidade política no país

Durante sua viagem à Venezuela, o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, será acompanhado por uma equipe de segurança. Amorim embarca nesta sexta-feira (26) para Caracas, com retorno ao Brasil ainda indefinido. A visita coincide com as eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para domingo (28), e ocorre em um cenário de instabilidade política. Para garantir a segurança de Amorim, o governo brasileiro decidiu enviar uma equipe especial, já que a proteção de representantes do governo costuma ser responsabilidade da Polícia Federal.

A visita de Amorim é uma resposta às recentes críticas do presidente Nicolás Maduro ao sistema eleitoral brasileiro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar dois observadores ao pleito na Venezuela após essas críticas. A situação política no país vizinho se agravou, com denúncias de censura à imprensa e um discurso alarmista de Maduro sobre um possível “banho de sangue”, embora ele tenha recuado posteriormente.

Desde que assumiu o poder em 2013, Maduro enfrenta um cenário eleitoral particularmente desafiador este ano, com um risco elevado de derrota política.

Celso Amorim pretende coletar impressões sobre o processo eleitoral para ajudar o Palácio do Planalto a se posicionar após o resultado. Ele tem encontros agendados com o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, e com observadores internacionais, incluindo o Carter Center e representantes da ONU. Também está previsto que Amorim converse com os principais candidatos à presidência.

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