Com queimada recorde e muita fumaça, ventos que deveriam trazer umidade da floresta estão, na verdade, carregando fumaça para o restante do país.
O céu está cinza e o ar pesado devido à fumaça dos incêndios na Amazônia, que registrou o maior número de focos de fogo em 17 anos. A seca que atinge mais de mil cidades brasileiras também contribui para a situação. Especialistas afirmam que a fumaça afeta dez estados e deve continuar até o fim da semana.
A Amazônia teve 59 mil focos de incêndio desde janeiro, o maior número desde 2008. Além da fumaça da Amazônia, há também contribuição do Pantanal, Rondônia e Bolívia, formando um “corredor de fumaça” que está sendo arrastado para várias regiões do Brasil.
A seca e o aumento das temperaturas, exacerbados pelo El Niño, agravaram a situação, e o cenário de queimadas é o pior em uma década. O fluxo de ventos está espalhando a fumaça para o Sul, e a previsão é de que a situação piore com a chegada de uma frente fria, que intensificará a dispersão da fumaça.