ALUNOS  DE MAGÉ VÃO TRANSFORMAR MAIS DE UMA TONELADA DE RESÍDUOS ORGÂNICOS EM ENERGIA LIMPA

Projeto “Vamos dar um Gás”, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem o intuito de buscar soluções ambientalmente conscientes e sustentáveis

Na busca por soluções ambientalmente conscientes e sustentáveis, alunos e professores do Ciep 441 – Mané Garrincha, em Magé, na Baixada Fluminense, deram um passo revolucionário ao implementar um biodigestor na escola. O projeto pioneiro, realizado em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dará destino certo para 1,5 tonelada de rejeitos de cozinha anual, como sobras de alimentos, cascas de legumes, matéria orgânica, entre outros. Como resultado, o equipamento irá produzir uma fonte de energia limpa, o biogás, que será reaproveitado como gás de cozinha e também o biofertilizante, que poderá ser usado na horta da escola.

A unidade é uma Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades – E-Tec, e já possui ações voltadas ao tema. Agora, o novo projeto batizado de “Vamos dar um Gás”, que tem cunho pedagógico, mobilizou os estudantes na quinta-feira, durante a instalação do equipamento, que em breve será operado por eles nas aulas de sustentabilidade, uma iniciativa que demonstra o potencial transformador da educação aliada à tecnologia.

Para a aluna Catarina Santana, o projeto sustentável tem potencial para ser levado para fora da sala de aula.

– Foi incrível ver o biodigestor de perto. Ele não é importante apenas para a escola, mas também para a sociedade. Eu mesma quero ter uma na minha casa, afinal, além de destinar corretamente o lixo orgânico, a gente ainda economiza na compra do gás — afirmou a estudante da 2ª Série do Ensino Médio.

Com o biodigestor operando plenamente, os alunos e professores poderão monitorar de perto todo o processo de produção de biogás, desde a coleta dos resíduos orgânicos até a produção final. O professor Neuber Nogueira, um dos responsáveis pela área ambiental, destacou que essa é mais uma ação de sustentabilidade da escola. Ele afirma que são vários projetos nesse sentido e que o trabalho é muito importante, afinal estão motivando os alunos para tomarem ações parecidas. Ainda de acordo com ele, 2024 trará mais ações como essa para a escola.

O diretor-adjunto da unidade, professor Sidney Cardoso, lembrou que a parceria só foi possível graças ao apoio irrestrito da professora doutora Mônica Pertel, da Escola Politécnica da UFRJ e disse ainda que o equipamento representa um grande avanço no caminho da escola rumo à sustentabilidade..

O arquiteto urbanista, responsável pela instalação, Thiago Óscar, destacou que a ideia é demonstrar que resíduos que poderiam estar poluindo o meio ambiente podem ser transformados em recursos, como o biogás para cozinhar e o biofertilizante para irrigar a horta.

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