A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pode votar nas próximas semanas, em caráter de urgência, um projeto de lei do deputado Jorge Felippe Neto (Avante), que obriga a instalação de detectores de metais em todas as rodoviárias do estado.
O projeto foi apresentado nesta quarta-feira (13), após o ingresso de um sequestrador armado nas dependências da Rodoviária Novo Rio, na tarde da última terça-feira (12). Durante a ação, o criminoso Paulo Sérgio Lima, de 29 anos, fez dezesseis passageiros reféns e feriu duas pessoas, entre elas Bruno da Costa, de 34 anos, que foi baleado no tórax e segue internado em estado gravíssimo.
Para o deputado, o sequestro foi absurdo e colocou em cheque a segurança de quem transita pelas rodoviárias fluminenses.
“Todos os dias, circulam pelas plataformas da Rodoviária Novo Rio em torno de 38 mil pessoas. Nas vésperas de feriados prolongados esse número chega a 70 mil. É inconcebível que não existam detectores de metal e não haja revista dos passageiros que vão embarcar no local”, diz o parlamentar.
Caso seja aprovado pela Alerj e sancionado pelo governador Cláudio Castro (PL), os terminais terão 180 dias para a colocação dos detectores. Quando as rodoviárias não tiverem portas de acesso, os passageiros deverão ser submetidos à revista antes do embarque no ônibus.
Em nota, a Rodoviária do Rio S/A, concessionária que administra o terminal carioca sob regime de concessão estadual onerosa, informou que recebeu, na tarde desta quinta-feira, 14, um ofício do poder concedente (CODERTE – Governo do Estado do RJ). “No documento, o órgão reconhece a rápida e eficiente atuação da empresa para mitigar a ocorrência na última terça-feira e seus esforços no fortalecimento da segurança operacional dos usuários e solicita um novo plano de segurança destacando as medidas que já são tomadas e as futuras a implementar. No ofício, o Governo do Estado de coloca à disposição da concessionária no sentido de prestar auxílio na execução do plano de ações para o incremento da segurança do terminal.”
Por Cleber Rodrigues- CNN