ALÉM DE CID, DEFESA DE BOLSONARO QUER CULPAR WASSEF POR ESQUEMA DE RECOMPRA DAS JOIAS SAUDITAS

Estratégia é isolar o advogado ligado ao clã Bolsonaro e apontá-lo como operador do esquema de recompra das joias

Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro adotaram uma nova abordagem após os depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (31).” Na ocasião, houve um grupo que ficou em silêncio e outro que falou. Um dos que falaram foi o advogado Frederick Wassef –que ‘falou demais’ na avaliação da defesa do ex-presidente”, diz o jornalista Ricardo Noblat em sua coluna no Metrópoles.

Ligado ao clã Bolsonaro, Wassef falou por cerca de quatro horas aos investigadores da PF durante seu depoimento, realizado na sede da corporação em São Paulo. Já Bolsonaro, Michelle, Fábio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação e que atua na defesa do ex-mandatário) e Marcelo Câmara optaram pelo direito ao silêncio. Por outro lado, o tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro), o general Mauro Lourena Cid (pai de Mauro Cid) e Osmar Crivelatti decidiram se manifestar.

De acordo com informações obtidas, a estratégia do silêncio foi sugerida pelos advogados de Bolsonaro também a Câmara e Lourena Cid. No entanto, o general do Exército negou a existência desse plano. Seu filho, Mauro Cid, prestou depoimento por 10 horas, assumindo total responsabilidade pelo planejamento do resgate das joias nos Estados Unidos. Nessa confissão, o ex-ajudante de ordens teria implicado Frederick Wassef.

 “Sobrou para Wassef. O advogado foi apontado como o operador do esquema de recompra das joias. Ele já admitiu que foi aos Estados Unidos para recuperar o Rolex de ouro branco e diamantes. Em seu depoimento, Wassef também falou sobre o outro relógio desviado, da marca Patek Philippe, segundo apurou o blog. Essa fala foi reprovada pela defesa de Bolsonaro”, destaca a reportagem.

Por Brasil247

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