Toda vez que viajo para o exterior deparo com um terrorismo contra o Brasil vindo de uma parcela de nosso jornalismo, que dedica páginas e horas de sua programação para falar mal do Brasil. Não foi diferente dessa vez que visitei Portugal e a Suíça. Vivi um ano em Portugal e não vi uma única cena de violência na televisão portuguesa. Será que não há violência em Portugal? A violência faz parte da natureza humana desde os primórdios da civilização. Até nos incêndios e acidentes de trânsito, os cineastas portugueses poupam os assistentes de cenas de violência.
No Brasil, alguns jornalistas vivem e ganham dinheiro expondo a imagem do Brasil, e sobretudo do Rio de Janeiro, com cenas de violência e exageros de uma realidade que já é preocupante. Não se trata de censurar ou impedir que os fatos sejam noticiados, mas de respeito aos destinatários e a nossa Cidade Maravilhosa, a mais bela do mundo.
Violência, não se nega, está em todo lugar desde os tempos bíblicos. Não há violência maior que a das guerras, como as que atacam os palestinos e dizimam populações na Ucrânia e na Rússia, mas não se vê cenas retratando essa crueldade. Enquanto isso a mídia terrorista a presenta o Rio de Janeiro como um lugar em permanente estado de guerra, onde a população vive se esquivando das balas perdidas. Essa é a visão que programas terroristas como Cidade Alerta (referido por vários entrevistados em Portugal) mostra do Brasil.
O Brasil precisa da indústria do turismo, um dos principais carros chefes em qualquer economia, mas os terroristas midiáticos fazem questão de manter nossos eventuais visitantes longe dessa beleza natural incomparável no planeta, habitado por um povo acolhedor como o brasileiro.
Siro Darlan é desembargador do TJRJ, diretor do jornal Tribuna da imprensa Livre e especialista em Direito Penal Contemporâneo e Sistema Penitenciário.
Por: Ciro Darlan