Siro Darlan
Alguns podem se surpreender, mas a África é o berço da civilização. Embora tenha havido a tradição oral, 300 AC um povo africano denominado Meroit já havia desenvolvido a escrita, e esse testemunho foi dado ao mundo através dos povos do Egito e da Núbia que desenvolveram uma civilização letrada antes mesmo da criação de Roma ou Atenas. Muitos filósofos gregos afirmaram ter ido buscar conhecimento no continente africano nos mais variados campos. Foi no ano de 989 que a África fundou uma das mais antigas Universidades do mundo, a Universidade de Sankoré, que produziu mais de 700 mil manuscritos.
Nos anos 1100, a inteligência ibérica, que serviu de base para o Renascimento hauriu seus conhecimentos nas Universidade de Timbuktu, Mali e Songhai. Um dos mais famosos, Heródoto partiu para a África em busca de conhecimento e informações. A educação na África envolve toda aldeia e é caracterizada por um processo de passagem entre os membros da tribo e de uma geração para a seguinte do conhecimento, habilidades, tradições culturais, normas e valores da tribo foi herdado. A educação é uma jornada que começa no berço e é levada até o túmulo.
A educação em África tem raízes no coletivismo, em oposição ao individualismo, a educação nas sociedades tradicionais africanas é muito séria. O lema: ” É preciso uma aldeia para educar um filho”. Quando se trata de educação, o comunitarismo é “responsabilidade da comunidade para garantir que as crianças sejam criadas de forma adequada e que, quando atingem a idade adulta, atendem às necessidades dos membros mais velhos da comunidade” e o respeito pela própria sociedade.