Segundo Isaac Sidney, o país vivenciou um cenário positivo de crescimento no ano que chega ao fim, impulsionado pelo consumo das famílias, investimentos e um mercado de trabalho aquecido
Em meio a um ano marcado por fortes surpresas econômicas e desafios, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, traçou um panorama detalhado sobre os avanços e obstáculos enfrentados no Brasil. Ele participou da abertura do seminário CB.Debate — Desafios 2025: o futuro do Brasil em pauta, na tarde de terça-feira (17/12).
Segundo Sidney, o país vivenciou um cenário positivo de crescimento em 2024, impulsionado pelo consumo das famílias, investimentos e um mercado de trabalho aquecido, mas 2025 deve apresentar desafios maiores, com inflação pressionada, juros altos e um cenário fiscal que inspira atenção.
“Nós estamos vivendo o momento em que a atividade econômica é bastante acrescida, isso é um fator positivo, é um vetor de crescimento do Brasil, quando nós temos o PIB com surpresas positivas de crescimento”, frisou.
O presidente da Febraban lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou números robustos em 2024, com crescimento estimado em 3,5%: “um bom patamar que o Brasil deve ambicionar”. Esse desempenho, continuou, foi sustentado por uma “forte demanda doméstica”, com destaque para o consumo das famílias, que aqueceu setores como o varejo (crescimento de 5%), veículos e supermercados.
De acordo com Sidney, a recuperação da renda, com ganhos reais de até 7,7% acima da inflação e o desemprego em níveis historicamente baixos, impulsionou o mercado de trabalho, descrito pelo executivo como um dos pilares da atividade econômica.
“Temos também o rendimento médio do trabalhador crescendo em patamares razoáveis. Com taxas de desemprego no menor patamar da série histórica, o que também revela um lado, eu diria, pujante da atividade econômica pelo ângulo do mercado de trabalho”, enfatizou o presidente da Febraban.
Alavanca
Para Sidney, o crédito também foi um fator determinante no crescimento, “uma alavanca fundamental para a economia”, e mencionou um avanço de 10,5% a 11% em 2024. Para 2025, a expectativa é que o crédito continue crescendo em ritmo próximo a dois dígitos (9,5%). Segundo ele, a retomada do crédito corporativo após um período conturbado em 2023, aliado ao controle da inadimplência das famílias, proporcionou um ambiente mais benigno pós-pandemia.
O evento Desafios 2025: o futuro do Brasil em pauta é realizado pela Arena Comunicação, com patrocínio da Brasal e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); e apoio de comunicação do Correio Braziliense.