Neste sábado (8), celebra-se o Dia Nacional do Sistema Braille, em homenagem ao aniversário de José Alvares de Azevedo, que completaria 189 anos. Cego, ele foi um importante professor brasileiro que teve um papel fundamental na introdução do Sistema Braille no país.
Nascido no Rio de Janeiro em 1834, Azevedo foi um dos primeiros educadores do Brasil a se preocupar com a educação de pessoas cegas. Na época, não havia muitas escolas ou instituições voltadas para esse público, o que tornava o acesso à educação difícil.
Em 1844, Azevedo viajou para a Europa para estudar novas técnicas de ensino. Foi lá que ele conheceu o Sistema Braille, que havia sido criado na França por Louis Braille em 1824. Azevedo ficou impressionado com a eficácia do sistema, que permitia que pessoas cegas pudessem ler e escrever com independência.
Ao retornar ao Brasil, Azevedo começou a trabalhar na criação de uma escola para cegos. O educador idealizou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, a primeira instituição brasileira voltada para a educação de pessoas com deficiência visual. Ele então introduziu o Sistema Braille no país, traduzindo manuais e materiais didáticos para o sistema de escrita em relevo.
O trabalho de Azevedo foi essencial para que pessoas cegas no Brasil tivessem acesso à educação e pudessem se desenvolver plenamente. Ele faleceu precocemente, vítima de tuberculose, aos 19 anos, em 17 de março de 1954, exatos seis meses antes da inauguração do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, que ajudou a idealizar. Apesar de sua breve vida, deixou um legado que inspirou muitos outros educadores a seguir seus passos.
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