Doze fazendeiros estão sendo investigados pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul por suspeita de iniciar incêndios no Pantanal, que já devastaram mais de 700 mil hectares, equivalente a seis vezes o tamanho do Rio de Janeiro. Caso seja comprovado que os incêndios foram intencionais, os proprietários poderão enfrentar acusações criminais ambientais.
A investigação foi conduzida por um grupo especializado em incêndios ilegais, auxiliado por satélites que identificaram 20 pontos de início das chamas em fazendas, terras indígenas e áreas isoladas desde maio até 30 de junho. Quatro das fazendas já estavam envolvidas em incêndios anteriores no Pantanal.
Os incêndios se alastraram para mais de 177 fazendas no bioma, inclusive atravessando a fronteira com a Bolívia. Abaixo estão algumas das fazendas e seus respectivos responsáveis listados pelo Ministério Público:
- Fazenda Piuvinha – Fabiano Fernandes Chagas
- Fazenda Angical – ASIP & VLP Holding e Participações
- Fazenda Bahia Bonita – Décio Sandoval de Moraes
- Fazenda Campo Enepê – Rubens Vedovato de Albres
- Fazenda Mamoeiro – Felizardo do Carmo Antar Mohammed
- Fazenda Alegrete – José Romero e José Arruda
- Fazenda Pantaneira – Agrícola, Ambiental e Florestal Geotécnica LTDA e Machetto Empreendimentos
- Fazenda Asturias – Luiz Gustavo Battaglin Maciel
- Fazenda Santa Tereza – Tereza Cristina Ribeiro Ralston e Botelho Bracher
- Fazenda Ypê – Décio Sandoval de Moraes
- Propriedade sem cadastro rural, em Dom Bosco, em Corumbá (MS) – A ser investigado
- Fazenda Nossa Senhora das Graças – Ricardo Augusto de Souza e Silva
Os proprietários serão investigados por incêndios sem autorização ambiental, especialmente durante a temporada seca, quando as permissões para queimadas estão suspensas. A Polícia Militar Ambiental está fiscalizando as áreas e apresentará relatórios ao Ministério Público, que também interrogará os responsáveis pelas fazendas.
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