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ALERJ PROMOVE AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER EQUILÍBRIO AMBIENTAL DO BOSQUE DA BARRA

Rebaixamento do lençol freático e riscos à fauna silvestre estão no centro do debate

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizará nesta segunda-feira (25/11) uma audiência pública para discutir o impacto do rebaixamento do lençol freático no Bosque da Barra e os riscos para a população silvestre local. O evento ocorrerá às 10h, na sala 1801 do Edifício Lúcio Costa, sede do Parlamento fluminense.

Importância do debate

O presidente da comissão, deputado Jorge Felippe Neto (Avante), destacou o papel crucial do Bosque da Barra como patrimônio ambiental do Rio de Janeiro. Segundo ele, o encontro busca respostas alinhadas ao compromisso de preservação da área e da sustentabilidade urbana.

“O Bosque da Barra é um patrimônio ambiental do Rio de Janeiro e precisa ser preservado. É fundamental que todas as partes envolvidas estejam comprometidas em encontrar soluções que respeitem o equilíbrio ambiental e a sustentabilidade da nossa cidade. Conto com a participação de todos que acreditam que o desenvolvimento precisa caminhar lado a lado com a preservação ambiental”, afirmou o deputado.

Temas em pauta

A discussão abordará:

O rebaixamento do lençol freático na área do Bosque;

Os impactos ambientais e riscos à fauna silvestre;

Propostas de soluções para garantir o equilíbrio ambiental e a sustentabilidade da região.

Convidados

Foram chamados para contribuir com o debate:

Renato Jordão Bussiere, presidente do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea);

Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade;

Eduardo Dantas, diretor presidente da Iguá Saneamento;

Camila Valls, coordenadora de Sustentabilidade Ambiental na Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPGE);

Delair Dumbrosck, presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca;

Ricardo Freitas Filho, presidente do Instituto Jacaré de Pesquisa e Conservação de Fauna Silvestre;

Ana Larronda Asti, subsecretária da Subsecretaria de Recursos Hídricos e Sustentabilidade Ambiental (SUBRHISA);

E outros especialistas e representantes de entidades ambientais e comunitárias.

Participação e expectativas

A audiência pública busca promover um diálogo aberto entre representantes governamentais, organizações ambientais e a sociedade civil, em prol de soluções sustentáveis para o Bosque da Barra. A participação da população é fundamental para reforçar a importância da preservação ambiental em meio ao desenvolvimento urbano.

Data e local:

Data: 25 de novembro de 2024

Horário: 10h

Local: Sala 1801, Edifício Lúcio Costa, Alerj

O problema ambiental no Bosque da Barra

O Bosque da Barra, uma importante área de conservação ambiental na Zona Oeste do Rio de Janeiro, enfrenta uma crise ecológica significativa. O lago principal do parque secou quase completamente, afetando gravemente a fauna e a flora locais. Esse problema está associado às obras de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto da Barra, conduzidas pela concessionária Iguá

Causas Identificadas

As obras de ampliação da estação de tratamento, iniciadas no ano passado, incluíram o rebaixamento do lençol freático para viabilizar a construção. Essa intervenção resultou na drástica redução do nível de água do lago, essencial para a manutenção do ecossistema local. A Secretaria Municipal do Ambiente e Clima constatou, em vistoria realizada em julho, que o rebaixamento do lençol freático contribuiu para o ressecamento do lago, levando à paralisação das obras por danos ambientais.

Impacto na Fauna e Flora

A seca do lago colocou em risco diversas espécies que habitam o Bosque da Barra, incluindo jacarés-de-papo-amarelo, garças e outras aves, além de plantas nativas da região. O biólogo Luiz Roberto Zamith, pesquisador da UFF e membro do conselho consultivo do Bosque, alertou que a situação ameaça espécies de plantas e animais, algumas em risco de extinção e endêmicas do estado do Rio.

Medidas Adotadas

Diante da gravidade da situação, a Prefeitura do Rio determinou a paralisação das obras e iniciou uma investigação para apurar as responsabilidades. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou que a concessionária não informou previamente sobre a necessidade de rebaixamento do lençol freático e que, caso sejam confirmados danos significativos, serão definidas punições e exigida a recuperação ambiental da área.

Posicionamento da Concessionária

A Iguá declarou que cumpriu as determinações das autoridades e realizou adequações no projeto para garantir que a água retirada do lençol freático fosse devolvida ao lago, conforme as normas ambientais. No entanto, a situação não mudou, e o lago permanece seco. A empresa admitiu que o monitoramento do lençol freático só foi iniciado após a primeira notificação da Secretaria do Meio Ambiente.

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