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A IMPORTÂNCIA DA PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

Os ecossistemas aquáticos, sejam eles de água doce, salobra ou salgada, são fundamentais a manutenção da vida no planeta. Destaque para a enorme biodiversidade, de fauna e flora, com inúmeras espécies ainda não identificadas, e outras já conhecidas, com aplicações na produção de alimentos, medicamentos, usos industriais, dentre outras. O clima também é forte dependente das regiões oceânicas e dos corpos d’água, com papel relevante nos ciclos biogeoquímicos, incluindo sequestro de carbono, produção de oxigênio e regulação da temperatura. Logicamente a boa condição destes habitats é diretamente relacionada a qualidade de água, que abastecem populações, animais e são a base de produções agrícolas, industriais e até na produção de energia, lembrando o essencial papel das hidrelétricas e a produção de petróleo no mar. Inúmeros são os benefícios econômicos e o valor em nossas atividades de lazer e turismo.

Apesar deste reconhecimento, estas regiões vêm sofrendo uma forte pressão antrópica, com destaque para os esgotos não tratados que são jogados diariamente em nossos rios. No Brasil quase metade não passa por um tratamento sendo jogado in natura em rios e lagos. O lixo flutuante também agride nossa fauna aquática. Os plásticos, sobretudo, na forma de microplásticos envenenam nossos peixes, tartarugas e outras espécies marinhas. Segundo o WWF, em 2050 teremos mais plásticos nos rios e mares do que peixes. Ações de urbanização não planejadas, destroem manguezais e outros berçários de vida aquática. O Brasil com cerca de 19% da água doce de rios do mundo, com grandes aquíferos como o Amazonas e o Guarani, um litoral de grandes proporções, cerca de 7500 km de costa e uma zona oceânica, recentemente denominada pela Marinha de Amazonia Azul, com 3,5 milhões de km2 , pode se tornar um exemplo de bom uso de suas aguas e consequentemente de manutenção de seus ecossistemas aquáticos.

Este é objetivo do III GSEA – Seminário Nacional e Internacional sobre a Gestão Sustentável dos Ecossistemas Aquáticos, que será realizado de 21 a 23 de agosto pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG) da COPPE/UFRJ, de forma presencial no Centro de Tecnologia da Ilha do Fundão e também hibrida – https://ivig.coppe.ufrj.br/terceiro-gsea

*Professor do PPE/COPPE/UFRJ e Coordenador do IVIG/COPPE/UFRJ.

Por Marcos Aurelio Vasconcelos de Freitas

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