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A FELICIDADE DE SER BRASILEIRO.

Siro Darlan

  A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo pelo sexto ano consecutivo em 2023, segundo o mais recente Relatório Global sobre Felicidade. O grau de nível de felicidade depende do menor nível de desigualdade de renda. Quando a desigualdade de renda é maior, o dinheiro tem mais importância que as relações pessoais e as pessoas são menos felizes. Isso demonstra como o apego ao capitalismo torna as pessoas mais infelizes. A Finlândia conta ainda com uma saúde pública invejável; transporte público é barato, confiável a accessível a todos e a melhor política habitacional do país, que oferece uma ampla variedade de moradias sociais e permite que o índice de pessoas sem teto seja menor.

   O povo finlandês utiliza muito um provérbio popular que afirma: “a felicidade é um lugar que fica entre o pouco e o demasiado. Segundo o Banco de Dados da Desigualdade Mundial, os 10% das pessoas mais bem pagas da Finlândia levam para casa um terço (33%) de toda a renda do país. Enquanto no Brasil, segundo o UNAFISCO 1% da população declaram receber ao menos 26 mil mensais com patrimônio superior a R$ 1 milhão de reais, enquanto 90%$ dos brasileiros ganham menos de R$ 3.500 reais. Os brasileiros são divididos economicamente em 40% mais pobres, 50% intermediários e 10% os mais ricos.

   Nos países mais desiguais, sobra muito menos para o restante das pessoas — e os ricos ficam mais temerosos. Quando um número menor de pessoas fica muito mais rica, o temor é compreensível.

   Em 2021, um professor de sociologia sugeriu que as pessoas nos países nórdicos parecem mais felizes simplesmente por terem expectativas mais razoáveis. Mas é muito provável que as escolas mais igualitárias da Finlândia. Outro fator relevante é a proximidade das escolas para os alunos.

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Siro Darlan é desembargador do TJRJ, diretor do jornal Tribuna da imprensa Livre e especialista em Direito Penal Contemporâneo e Sistema Penitenciário.

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