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78% DOS BRASILEIROS CONSIDERAM CONTROLE DE FAKE NEWS NAS REDES SOCIAIS MUITO IMPORTANTE

Pesquisa Instituto DataSenado/IPRI mostra também que 8 em cada 10 entrevistados acreditam que a disseminação de notícias falsas pode impactar eleições

247 – Quase 8 em cada 10 brasileiros consideram muito importante o controle das fake news nas redes sociais para garantir uma disputa justa nas eleições. E 81% dos entrevistados acreditam que a disseminação de notícias falsas pode impactar “Muito” os resultados das urnas. Os dados são da 21ª edição da pesquisa Panorama Político 2024: Notícias Falsas e Democracia, do Instituto DataSenado, em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding. Essa é a maior pesquisa sobre fake news feita no Brasil. 

Entre 5 e 28 de junho de 2024, foram entrevistados 21.808 brasileiros de todas as 27 Unidades da Federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais foi de 1,2 ponto porcentual. 

O estudo desnuda a proporção da população usuária de redes sociais que identifica ter tido acesso a notícias falsas nos últimos seis meses. Também investiga como a sociedade avalia os motivos que levam as pessoas a compartilharem fake news e a dificuldade de se reconhecer quais notícias são falsas nas redes. Busca compreender ainda o perfil das pessoas que, embora usem redes sociais, não perceberam a ocorrência de notícias falsas em suas redes.

Quando questionados sobre a importância do controle de conteúdo falso nas redes sociais para se ter justiça na disputa eleitoral, apenas 10% apontaram a medida como “nada importante”, seguidos por 9% que consideram “pouco importante”, distante dos 78% que acham muito importante. Os números refletem a percepção de que a integridade eleitoral depende de medidas eficazes contra a desinformação.

A ampla maioria (81%) acha que a divulgação de fake news pode afetar muito o resultado das eleições. Apenas 11% acreditam que o impacto é pouco, seguidos por 9% que consideram nulo, Outros 2% não souberam ou preferiram não opinar.

O coordenador da pesquisa, José Henrique Varanda, disse que os resultados respaldam a Justiça Eleitoral nas regulamentações que buscam evitar vantagens indevidas. “A ampla maioria da população brasileira usa as redes sociais. Isso faz a gente pensar até onde o problema é que as pessoas estão expostas a notícias que não conseguem identificar como falsas ou até onde há um uso deliberado, consciente, destas como ferramenta de instrumentação social, inclusive política”, afirma José Henrique Varanda, analista do Instituto Data Senado.

A influência do posicionamento político – O apoio à responsabilização de plataformas de redes sociais pela disseminação de notícias falsas varia de acordo com a posição política. De modo geral, 81% concordam com esse tipo de medida, mas o apoio chega a 95% entre os que se identificam com a esquerda e cai para 65% entre os que se classificam como de direita.

Quando questionados sobre sua preferência política, 15% se declararam de esquerda, 29% de direita, 11% de centro, 40% não se identificaram com nenhuma dessas opções e 6% não souberam ou preferiram não responder.

7 em cada 10 tiveram contato com fake news – Entre os usuários de redes sociais, 72% relataram ter acessado notícias que desconfiam ser falsas nos últimos seis meses. Como 93% declararam ser usuário de alguma rede social, é possível dizer que a maioria dos brasileiros com 16 anos ou mais (67%) já recebeu notícias falsas.

Entre os motivos que levam as pessoas a compartilhar esse tipo de conteúdo, 31% acreditam que é para mudar a opinião dos outros, 30% por não saberem que a notícia é falsa e 15% por confiar em quem mandou a informação, seguidos por 13% que apontaram o fato de a pessoa se sentir representada pelo conteúdo da fake news.

Metade da população (50%) considera difícil distinguir se uma notícia é falsa e outros 46% consideram essa uma tarefa fácil.

63% têm alguma satisfação com democracia – Quando questionados sobre o nível de satisfação com a democracia brasileira, 16% se consideram “muito satisfeitos”, 47% “pouco satisfeitos” e 33% “nada satisfeitos”. Outros 4% não souberam ou preferiram não responder.

Mesmo com algum grau de insatisfação, a maioria (66%) considera que a democracia é a melhor forma de governo. Apenas 15% responderam que “em algumas situações, um governo autoritário é melhor” e 10% se mostraram indiferentes ao regime político. Outros 9% não souberam ou não responderam.

O conceito de democracia foi previamente informado aos entrevistados da seguinte forma: “Democracia é a forma de governo onde as pessoas escolhem representantes eleitos por meio do voto para elaborar leis e governar”.

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