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500 DETIDOS NO SHOW DO ALOK: PM CRITICA REINCIDÊNCIA DE LADRÕES; ‘QUASE NATURALIZADA’, DIZ PORTA-VOZ

Mais de 150 objetos perfurantes foram coletados nos pontos de revista montados pela corporação

A Polícia Militar deteve cerca de 500 pessoas durante o “show do século” do DJ Alok, que aconteceu no último sábado, na praia de Copacabana. Em entrevista ao RJTV, o coronel da PM Marco Andrade criticou “a forma abrandada” como é visto o crime de furto pela legislação. Ele acrescenta que é comum que PMs prendam criminosos que praticam furtos com “cinco, seis, dez vezes de reincidência”:

— O crime de furto traz consequências significativas para a sociedade. O crime de furto pela nossa legislação é visto de uma forma abrandada. Identificamos, nas nossas estatísticas internas, que é muito comum os policiais militares realizarem prisões de criminosos que praticam furtos cinco, seis, dez vezes de reincidência. Ou seja, é quase dizer que é uma coisa naturalizada — lamentou o coronel.

Vídeos publicados nas redes sociais chamaram a atenção pela grande quantidade de detidos. Ainda segundo as publicações, pessoas alertavam que, durante a semana, jovens combinaram ataques pós-show, o que acabou sendo confirmado pela Polícia Civil.A corporação repetiu a estratégia que já vem sendo usada nos principais eventos do calendário carioca, como o réveillon e o Carnaval de Rua da cidade. Neste sábado, os agentes apreenderam mais de 150 materiais perfurantes, entre facas, alicates, estiletes e bisturis, nos pontos de revista espalhados por Copacabana.

— A gente precisa, como programa segurança pública, não só as polícias militares, mas também outros poderes públicos, de rever essa condição e mudar essa realidade. O criminoso precisa se sentir de fato punido pela prática e a constante reincidência nesse tipo de crime — completou o coronel.

Os suspeitos foram detidos durante as abordagens das equipes da PM posicionadas nos principais acessos ao palco montado nas areias da praia, e em ações de policiais do serviço reservado, que estavam espalhados em meio ao público.

A corporação repetiu a estratégia que usada nos principais eventos do calendário carioca, como o réveillon e o carnaval de rua da cidade. No último sábado, os agentes apreenderam mais de 150 materiais perfurantes, entre facas, alicates, estiletes e bisturis, nos pontos de revista espalhados por Copacabana.

— As forças estão se adaptando à realidade que acontece no Rio de Janeiro. A gente vem mudando a estratégia e trabalhando com inteligência. Esses casos que aconteceram em Copacabana, a Polícia Civil investiga as denúncias que circularam nas redes sociais dessa organização para prática dos crimes. Se a polícia prende um criminoso cinco, dez vezes, não é a polícia que está deixando de trabalhar. Precisamos de um envolvimento maior com outros atores numa discussão ampla e social com relação ao assunto para que esse tipo de delito, efetivamente, deixe de ser praticado nas nossas cidades do país — afirmou o coronel.

O presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães, contou que a associação de moradores do bairro esteve no evento das 16h até o seu término, e que para ele, o sistema de segurança das revistas implantado pela PM funcionou muito bem, inibindo a entrada de pessoas com armas, facas e garrafas de vidro.

Sobre os vários suspeitos que aparecem praticando arrastões em vídeos que se espalharam pelas redes sociais, Magalhães acredita que eles deveriam ser enquadrados pelo crime de Associação Criminosa, e que os menores de idade só deveriam ser liberados da delegacia na presença dos responsáveis.

— A maioria era adolescente, que se valendo da condição numérica, cometeu crimes de oportunidade. Fica até difícil para as forças de segurança reprimi-los, pois ao serem abordados se dispersam rapidamente. Há alguns anos, o Juizado da Infância e Juventude fazia operações nos chamados Baixo Gávea, Ipanema, etc, e se encontrasse menores de idade bebendo, eles eram conduzidos à delegacia e eram chamados os responsáveis e muitos eram responsabilizados criminalmente — pondera.

A Polícia Civil informou, que durante o período operacional do show, a 12ª DP e 13ª DP, ambas em Copacabana, e a 14ª DP (Leblon) registraram 16 prisões em flagrante e seis apreensões de adolescentes infratores. E que foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão de menores e um de prisão. A Polícia Civil também informou que investiga a informação de que grupos criminosos estavam coordenados previamente para a prática de crimes, com convocação nas redes sociais.

A Polícia Civil acrescentou ainda que por meio de investigações realizadas pela corporação e do trabalho integrado com a Polícia Militar, foi possível garantir maior segurança para o público que participou do evento.

A Polícia Civil também investiga a informação de que grupos criminosos estavam coordenados previamente para a prática de crimes, com convocação nas redes sociais.

O evento foi uma celebração aos cem anos do Copacabana Palace e do aniversário do DJ Alok, que completou 32 anos neste sábado.

Por Priscilla Litwak

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